Então vamos lá começar os debates...
Muitos jovens hoje afirmam desinteresse pela política. Um grande equívoco. A falta de afinidade (quem sabe?) não significa que a grande maioria deles não estejam atentos ao que acontece em tal ambiente fomentado de críticas, sejam construtivas ou, geralmente, destrutivas.
Pensando nisso, vale salientar que quem legitima o corpo político no poder são os eleitores, e aquele busca incessantemente satisfazer a vontade geral e comum (se é que existe..) destes para prolongar sua efetivação e conquistar popularidade e apoio de muitos. Nesse sentido, grande parte dos políticos recorrem a uma prática comum utilizada séculos atrás em Roma: a política do pão e circo. Esta era utilizada para associar alimentação e divertimento para o povo romano. Relacionando um aumento do bem-estar social (pelo menos que o povo romano acreditava ter) e a expansão do território romano e de sua capacidade imperial, Roma (seus administradores políticos) conseguiu contentar a plebe e consolidar o apreço pelo imperador, especialmente nessa base social.
Remetendo ao Brasil, especialmente em épocas de euforia social, como Carnaval e Copa do Mundo (este previsto para 2014), a comparação com aquela prática romana é inevitável. Não dá para camuflar os graves problemas sociais que nós brasileiros enfrentamos (como vários outros países enfrentam), ainda que vemos, paralelamente, um crescimento de nossas riquezas e ainda, em contrapartida, uma má distribuição da mesma. Embora nessas festas populares muitos brasileiros esquivem-se (e não esqueçam !) da realidade que estamos vivendo, não dá para negar que a tal "política do pão e circo", utilizada em Roma, não tem sido uma estratégia bem utilizada em nosso país. Se analisarmos bem, Roma associava políticas sociais ao divertimento. No Brasil, só vigora um único elemento dessa política: o circo. Mas o pior de tudo é que isso basta para satisfazer grande parte da população. Não em caráter pejorativo, mas a ideia do "circo" é que a diversão é suficiente para afastar as obrigações de enfrentar (ou tentar enfrentar) os problemas que nos cercam.
Não vamos também nos iludir que o corpo político brasileiro não deve pensar em elevar sua popularidade através da diversão, mas também atentar às necessidades mínimas e básicas dos cidadãos que após o período de diversão tem o restante do ano para vigorar. Também ao corpo civil em se preocupar com tais questões, afinal nem tudo é diversão. Esta tem momentos certos para ocorrer, enquanto os problemas tem o tempo como vilão.
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